Barbra Amorim foi assassinada a tiros em frente à própria oficina, na zona Sul de Joinville - Foto: Reprodução/Internet

Crime brutal cometido em 2021 ganhou desfecho nesta semana; vítima já havia denunciado agressões

A dor da perda ainda ecoa, mas a Justiça finalmente deu uma resposta. Adriano de Borba foi condenado a 30 anos de prisão por assassinar a tiros sua ex-companheira, Barbra Amorim Lacerda, em Joinville, Santa Catarina. O crime aconteceu em outubro de 2021, quando Barbra, de 32 anos, foi surpreendida por Adriano em frente à própria oficina mecânica. A ação foi gravada por câmeras de segurança e chocou a comunidade pelo nível de crueldade.

O julgamento ocorreu na segunda-feira (7), e o réu foi condenado por homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, feminicídio e perigo comum. Além da pena em regime fechado, ele teve a prisão preventiva mantida e não poderá recorrer em liberdade. Durante o julgamento, o Ministério Público reforçou que Barbra tinha medida protetiva e que o crime foi motivado pelo inconformismo de Adriano com o fim do relacionamento.

Segundo relatos, Barbra já havia procurado apoio, denunciado agressões e até alertado a escola da filha sobre os riscos. A vítima era mãe de uma menina pequena e atuava como empreendedora, dividindo-se entre uma oficina e um salão de beleza.

A prisão do réu só aconteceu em 2023, após fuga para a fronteira com o Paraguai. Ele foi localizado pela Interpol. Em 2024, voltou a Joinville para responder por feminicídio. A condenação encerra um ciclo de impunidade e reacende o debate sobre proteção efetiva às mulheres em situação de violência.

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