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Operações do Gaeco e MP expõem fragilidade na gestão pública em Santa Catarina, com 11% dos prefeitos detidos

Nos últimos quatro anos, o estado de Santa Catarina registrou a prisão de 28 prefeitos, o que representa 11% dos gestores municipais. A detenção mais recente foi a do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), que foi preso no dia 3 de setembro durante a segunda fase da Operação Caronte. Coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a operação investiga fraudes em licitações de serviços funerários na cidade.

As ações que levaram às prisões são em grande parte resultado de investigações do Ministério Público (MP) e da Polícia Civil, com destaque para a Operação Mensageiro, que sozinha resultou na prisão de 17 prefeitos. Essa operação mirou um esquema de pagamento de propinas para garantir a vitória em licitações municipais, envolvendo uma empresa que atuava em diversas cidades do estado.

Entre as prisões mais notáveis estão as de Antônio Ceron (PSD), ex-prefeito de Lages, e Joares Ponticelli (PP), ex-prefeito de Tubarão, ambos capturados durante a Operação Mensageiro. Outro caso emblemático é o de Orildo Severgnini, ex-prefeito de Major Vieira, preso em 2020 na Operação Et Pater Filium, que investigava corrupção, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.

Além das prisões, alguns gestores foram liberados sob medidas cautelares, enquanto outros já foram condenados ou optaram por renunciar aos cargos. Este cenário reflete um período conturbado na política municipal catarinense, marcado por um rigoroso combate à corrupção e à impunidade.

Fonte: G1SC