Brasileiros criticam demora no resgate e contraste com prioridades adotadas pelo governo em casos anteriores
O governo federal reviu sua postura e decidiu custear o traslado do corpo da brasileira Juliana Marins, após forte mobilização social e críticas à ausência de apoio institucional.
Juliana, de 26 anos, foi declarada morta na última terça-feira (24), após quatro dias sem resgate, desde que caiu em um penhasco durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia.
As equipes só conseguiram alcançar o local na terça, mas encontraram Juliana já sem vida. A operação levou cerca de 14 horas, em meio a condições climáticas difíceis.
Familiares e internautas acusam grave negligência das autoridades locais, alegando que, se o resgate tivesse ocorrido dentro do prazo previsto de sete horas, ela poderia ter sido salva.
A demora provocou indignação nacional. Milhares de pessoas cobraram justiça e responsabilização do Parque Nacional do Monte Rinjani e também do Itamaraty, pela omissão inicial.
Muitos se perguntaram: por que, em casos diplomáticos, como o da ex-primeira-dama do Peru, o governo enviou aeronaves da FAB, mas no caso de Juliana só agiu após forte pressão popular?
O corpo da jovem foi içado em operação terrestre na quarta-feira (25), já que o mau tempo impediu o uso de helicóptero na área de difícil acesso.
Autoridades brasileiras falam agora em revisar urgentemente as normas de assistência consular, para que outras famílias não precisem implorar por ajuda em meio à dor.
Para os familiares, o caso simboliza não apenas uma perda irreparável, mas também o colapso de protocolos humanitários — e reforça o apelo por mais transparência, sensibilidade e agilidade diplomática.