Júri Popular reconheceu homicídio quadruplamente qualificado; defesa anunciou que vai recorrer
Após quase um ano do crime que chocou Palhoça e toda a Grande Florianópolis, a Justiça condenou Márcio de Oliveira Bigois, 47 anos, a 35 anos, 2 meses e 6 dias de prisão em regime fechado. Ele foi responsabilizado pela morte da ex-companheira Michele de Abreu Oliveira, esteticista de 42 anos, assassinada em 2024.
O julgamento ocorreu nesta terça-feira (30), em sessão que durou cerca de nove horas. O Conselho de Sentença reconheceu o réu culpado por homicídio quadruplamente qualificado, além de ocultação de cadáver. Márcio ainda respondia por corrupção de menor, mas negou ter coagido o próprio filho a ajudá-lo no crime.
Durante o julgamento, ele confessou a morte e a ocultação do corpo, mas tentou sustentar a versão de que mantinha relacionamento com Michele. Depoimentos e provas apontaram o contrário: a vítima buscava se afastar de uma relação marcada por violência e já havia denunciado o ex-companheiro anteriormente.
Em abril de 2024, Michele havia conseguido medida protetiva contra Márcio, mas desistiu pouco depois, temendo pela segurança da família. Em maio, ela desapareceu, e nove dias depois foi encontrada morta, enterrada na própria casa. O corpo apresentava sinais de extrema violência, como fraturas no crânio e lesões no rosto e tórax.
A defesa de Márcio anunciou que recorrerá da decisão, enquanto familiares e amigos destacaram que a condenação representa um passo importante em busca de justiça.
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