Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom

A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural comunica a interdição de cultivos de ostras e mexilhões das localidades de Barro Vermelho, em Florianópolis, e de Praia Alegre e Armação do Itapocorói, em Penha, devido à presença de ficotoxina Ácido Okadaico – também conhecida como toxina diarreica – acima dos limites permitidos. A partir desta quarta-feira, 19, está proibido retirar e comercializar ostras, mexilhões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia dessas áreas.

Além disso, as áreas de Barra do Aririú, em Palhoça; Ponta de Baixo, em São José e Fazenda da Armação, no município de Governador Celso Ramos permanecem interditadas.

Liberação Parcial

A Secretaria anuncia ainda a liberação parcial das localidades de Freguesia do Ribeirão e Costeira do Ribeirão, em Florianópolis. Nessas áreas estão permitidos o comércio e a retirada apenas de ostras. As outras espécies de moluscos cultivadas ainda não podem ser consumidas.

As ostras foram liberadas a partir de dois resultados negativos consecutivos para presença de toxina diarréica. O gerente de Pesca e Aquicultura da Secretaria da Agricultura, Sérgio Winckler, explica que ostras e mexilhões se comportam de forma diferente diante da concentrações de algas tóxicas, por isso a desinterdição é parcial. “Existem diferenças nos sistemas de filtração dos moluscos. A ostra concentra menos toxinas, por isso foi possível a sua liberação antes dos mexilhões”.

Interdição de áreas de cultivo de moluscos

Desde o dia 6 de agosto, algumas áreas de cultivos de moluscos bivalves vêm sendo interditadas devido à presença de ficotoxina acima dos limites permitidos. Quando consumida por seres humanos, essa substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.

Monitoramento constante

A Cidasc intensificou as coletas para monitoramento das áreas de produção de moluscos interditadas e arredores. Os resultados dessas análises definirão a liberação ou a manutenção da interdição. Os locais de produção interditados serão liberados após dois resultados consecutivos demonstrando que os moluscos estão aptos para o consumo.

Santa Catarina é o único do país que faz o monitoramento permanente das áreas de cultivo. O Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos é um dos procedimentos de gestão e controle sanitário da cadeia produtiva, permitindo maior segurança para os produtores e consumidores.

Maricultura em Santa Catarina

Santa Catarina é o maior produtor nacional de moluscos, com 39 áreas de produção distribuídas em 11 municípios do Litoral. O setor gera mais de 1.900 empregos diretos e a produção gira em torno de 13 mil toneladas de mexilhões, ostras e vieiras.

Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural