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O casal Amin não pretende desistir, mas por enquanto, foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro o artigo 181 que previa devolução do dinheiro investido em rodoviais federais em Santa Catarina. A emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) havia sido apresentada na Comissão Mista de Orçamento, em movimento feito pelo senador Esperidião Amin e a deputada Angela Amin.
“A luta pelo ressarcimento dos investimentos que Santa Catarina faz nas rodovias federais, transferindo recursos para o Governo Federal, sofreu um tropeço. Mas as próprias razões do veto mostram que nós devemos prosseguir na luta neste projeto de lei e nos outros que já apresentamos. ’A vida é combate, que aos fracos abate, e aos fortes, os bravos só podem exaltar.’ Nós estamos do lado certo e vamos continuar com serenidade e determinação, lutando por justiça para Santa Catarina”, declarou o senador e candidato a governador, citando o poeta Gonçalves Dias.
Pela proposição dos parlamentares catarinenses, o montante aplicado em obras federais deveria ser abatido na dívida com o Tesouro Nacional. A Presidência da República alega que, com o alívio fiscal oferecido aos estados desde 2014, seria contrário ao interesse público diferenciar o tratamento a Santa Catarina.
O Estado está investindo R$ 465 milhões para acelerar as obras das BRs 470, 280 e 163, e para a conclusão da BR-285. O valor é inédito, mas a iniciativa não. O secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, lembra que Santa Catarina sempre se virou sozinha. O governador Jorge Bornhausen já ajudou a asfaltar a BR-101 Norte. Esperidião Amin a 285 entre Araranguá e São Borja, por exemplo.
“O governo federal sempre teve esse olhar que Santa Catarina é um estado rico e não precisa de ajuda. Mas não tem nada a ver com Bolsonaro, é com a estrutura da federação”, justificou Eli.

Sem se meter

Sem se meter
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O presidente e candidato à reeleição voltou a garantir aos candidatos do Progressistas que onde tiver mais de um palanque da base bolsonarista ele não vai se meter, porque o eleitor pode decidir por ele mesmo. Esperidião Amin participou ontem em Brasília de café da manhã dos candidatos a governador e vice do PP com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. O PP concorre com Luiz Carlos Heinze, no RS, Antonio Denarium, em Roraima, e Gladson Cameli, no Acre. Ontem mesmo, Amin voltou para a agenda de campanha no Estado.

Quase 80%
Na conta do presidente da Fecam, Jorge Koch, até 230 dos 295 prefeitos catarinenses apoiariam o governador Carlos Moisés. O prefeito de Orleans dizia isso, logo após a convenção do MDB, garantindo também que a sigla superaria as rusgas e seguiria junto, como “balaio de siri”, para a campanha à reeleição. “Carlos Moisés praticou o menos Brasília, menos capital e mais município. Ele não guardou dinheiro nem fez com que os prefeitos viessem com pires na mão. O bolo de dinheiro que fez desde o início, cortando contratos e tirando cargos comissionados, foi distribuído porque lá nos municípios os prefeitos sabem o que fazer.”

Consorciados
Presidentes da Fundação de Ensino e Engenharia de SC, Luiz Felipe Ferreira, e do Consórcio Interfederativo Santa Catarina, Gianfranco Volpato, assinaram protocolo de cooperação para desenvolver o municipalismo por meio de dados, projetos e informações. O Cincatarina é composto por 231 municípios, atua desde 2010, na realização de licitações compartilhadas, que permitem economia de escala e redução de custos públicos. A parceria foi firmada durante o Congresso de Municípios, Associações e Consórcios, Comac, promovido pela Fecam.

Pinga-fogo
No lado esquerdo da margem eleitoral, provocou ironias a declaração de Gean Loureiro (União Brasil) no debate da Rádio Som Maior, em Criciúma, que não votará em Bolsonaro no primeiro turno, mas, naturalmente, em Soraya Thronicke, candidata do seu partido. Bolsonaro já viveu dias melhores em SC, dizem, porque o coordenador político da coligação Bora Trabalhar!, prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), teria de morder a língua. Disse que só apoiaria candidato 100% bolsonarista. No mesmo debate, Gean desafiou Carlos Moisés a enfrentar a “calamidade” da saúde. “Se fosse governador, não estava neste debate, estaria na frente do Hospital Materno Infantil. O governador está em horário de expediente, deveria estar lá ou tirar licença para estar aqui.”

Integracao Editorial II 1