Foto: Pedro França /Agência Senado

Ex-oficial criticou atuação do tribunal e da Polícia Federal em áudios

Após ser interrogado no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (22), Mauro Cid, tenente-coronel e ex-auxiliar de Jair Bolsonaro, foi detido por ordem do ministro Alexandre de Moraes. A prisão se deu devido ao descumprimento de medidas cautelares e obstrução da justiça, motivados por críticas feitas em áudios à atuação do magistrado e da Polícia Federal.

O depoimento, conduzido pelo desembargador Airton Vieira, teve a presença de representantes da Procuradoria-Geral da República e da defesa do militar. Após ser informado da detenção, Mauro Cid foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal para exames.

Segundo relatos da revista Veja, Mauro Cid alegou ter sido pressionado pela PF a fornecer informações sobre acontecimentos dos quais não tinha conhecimento ou que não ocorreram.

Anteriormente, Mauro Cid havia colaborado em investigações sobre fraudes em certificados de vacinação contra Covid-19 e uma suposta tentativa de golpe de Estado no governo Bolsonaro.

Em nota, a defesa de Mauro Cid não negou a autenticidade dos áudios, descrevendo as falas como um desabafo sobre os desafios pessoais e profissionais decorrentes das investigações.