Foto: Reprodução /TJSC/Divulgação/G7SC

Crime aconteceu em Caçador, e condenação de 17 horas reacende debate sobre proteção à infância

Em uma sessão de 17 horas do Tribunal do Júri, na comarca de Caçador, em Santa Catarina, um casal foi condenado a 58 anos de prisão pelo assassinato e ocultação do corpo da própria filha recém-nascida. A sentença, de 30 anos para a mulher e 28 anos para o homem, foi determinada com base nas qualificadoras do homicídio, como motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. O casal, que permanecerá em regime fechado, não poderá recorrer em liberdade.

O caso, que gerou grande comoção no estado, teve início em novembro de 2023, quando a polícia encontrou o corpo da bebê enterrado embaixo do piso da cozinha da casa onde o casal residia. A investigação revelou que, logo após o parto, a mãe teria sufocado a criança durante o trajeto do hospital para casa. Posteriormente, o pai teria escavado um buraco na cozinha, onde escondeu o corpo da filha embaixo da geladeira, embalado em uma sacola plástica.

Segundo a polícia, o casal teria ocultado a gravidez da família, isolando-se e recusando contatos frequentes. Familiares estranharam a ausência da mulher e chegaram a denunciar seu desaparecimento, o que levou a uma investigação. O delegado Marcelo Colaço, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), relatou que o casal confessou o crime, motivado por dúvidas quanto à paternidade da criança, já que o casal havia reatado o relacionamento apenas sete meses antes.

Este caso chocante reacendeu discussões sobre a necessidade de fortalecimento das políticas públicas de proteção à infância e punições rigorosas para crimes hediondos envolvendo menores. O julgamento também trouxe à tona o papel da Justiça em crimes dessa natureza, com a comunidade exigindo maior segurança e suporte para crianças em ambientes familiares de risco.

Para mais detalhes sobre o caso, acesse o site oficial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina: TJSC.