
Incidentes crescem 88% em uma semana; banhista sofre choque anafilático em Palhoça
O litoral de Santa Catarina registrou um aumento significativo nos casos de queimaduras por águas-vivas. Entre os dias 11 e 17 de fevereiro de 2025, foram contabilizadas 5.856 ocorrências, representando um crescimento de 88,46% em relação à semana anterior, quando foram registrados 3.107 casos.
No sábado, 15 de fevereiro, um incidente grave ocorreu na Praia de Fora, em Palhoça. Um homem de 38 anos sofreu um choque anafilático após contato com uma água-viva. Além da intensa ardência, a vítima apresentou dificuldade respiratória e sinais de parada cardiorrespiratória. O atendimento rápido dos guarda-vidas, com apoio do SAMU e do helicóptero Águia da Polícia Militar, foi crucial para estabilizar o quadro. Após os primeiros socorros, o homem foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local e encontra-se em condição estável.
Desde o início da alta temporada, em 16 de dezembro de 2024, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) registrou 31.053 casos de lesões por águas-vivas, com uma média diária de 353 ocorrências. Apesar do aumento recente, especialistas como o oceanógrafo Charrid Resgalla Jr., da Escola Politécnica da Univali, consideram que esses números ainda estão abaixo do normal. Segundo Resgalla, índices superiores a 10 mil casos semanais seriam considerados acima do comum.

Para prevenir acidentes, o CBMSC utiliza a bandeira lilás para sinalizar a presença de águas-vivas nas praias. Ao avistar essa sinalização, recomenda-se evitar entrar no mar e caminhar descalço na areia. Em caso de contato com o animal, é fundamental:
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Sair imediatamente da água;
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Procurar o posto de guarda-vidas mais próximo;
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Lavar a área afetada com água salgada;
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Aplicar vinagre no local para aliviar os sintomas;
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Evitar o uso de água doce, urina ou outros líquidos no ferimento.
A rápida assistência dos profissionais de resgate é essencial, especialmente em casos de reações alérgicas severas, que podem evoluir para situações críticas.