Com aporte de R$ 342 milhões, estado moderniza sistema de contenção no Vale do Itajaí
Santa Catarina está executando o maior investimento de sua história em infraestrutura de mitigação de enchentes, destinando R$ 342 milhões em 2024 e 2025 para um plano que busca prevenir danos em áreas historicamente afetadas por cheias, como o Vale do Itajaí. O projeto abrange a modernização e construção de barragens, reformas em diques e o desassoreamento de rios, visando aumentar a segurança hídrica e reduzir impactos de futuras enchentes.
A iniciativa representa um avanço estratégico para o estado, que há mais de uma década assumiu a operação de barragens, como as de Taió, Ituporanga e José Boiteux, antes geridas pelo governo federal. “Este é o maior investimento já feito em prevenção de cheias no estado. Queremos garantir a segurança das famílias e minimizar os danos durante os períodos críticos”, afirmou o governador Jorginho Mello.
Entre as obras de destaque, está a reforma da barragem de Ituporanga, construída em 1976, que passará pela sua primeira grande reestruturação, com investimento de R$ 23,3 milhões. A modernização inclui a troca de comportas e automação do sistema, permitindo que a Defesa Civil controle remotamente as operações. Em José Boiteux, a barragem situada na Terra Indígena Xokleng também receberá melhorias para reduzir o risco de enchentes.
Além disso, novas barragens serão construídas em Mirim Doce e Botuverá, reforçando o sistema de contenção estadual. Estimada em R$ 97,1 milhões, a barragem de Mirim Doce terá capacidade de armazenar 12,63 bilhões de litros de água, enquanto a de Botuverá, no Rio Itajaí-Mirim, terá capacidade de 20,2 bilhões de litros e custo de R$ 155 milhões. O projeto inclui ainda a construção de uma barragem em Petrolândia, com orçamento de R$ 72 milhões.
O Secretário de Proteção e Defesa Civil, Fabiano de Souza, reforça a importância dessas obras: “Com a modernização e ampliação da nossa infraestrutura hídrica, esperamos reduzir os riscos para a população e fortalecer a capacidade de resposta em eventos extremos.”
