Foto: Adrio Centeno/IMA

Criada em 1983, a Unidade de Conservação abriga rara geodiversidade, fauna e flora nativas, e protege nascentes vitais

Em 1° de julho, a Reserva Biológica Estadual do Aguaí completa 42 anos de criação, destacada como uma das maiores e mais relevantes áreas de preservação de SC.
Com 7.672 ha, abrange trechos de Morro Grande, Nova Veneza, Siderópolis e Treviso, alcançando Bom Jardim da Serra.

Inserida na Mata Atlântica, protege ecossistemas montanhosos, campos de altitude, matas ciliares, araucárias e neblinas.
É palco de vales, cachoeiras e cânions que sustentam a biodiversidade e guardam formações do Arenito Botucatu.

A Reserva desempenha papel fundamental no abastecimento de água, concentrando mais de 300 nascentes da bacia do Rio Araranguá.
Pelo regime de proteção integral, o acesso é restrito a pesquisadores, garantindo o rigor científico e ambiental.
O IMA conduz sua gestão, com base em uma sede junto à barragem do São Bento em Siderópolis .

O terreno varia de 200 a 1.470 m de altitude, um mosaico de paisagens formada por vales profundos e chapadas.
Com fauna e flora ameaçadas, a área fortalece estudos em conservação, como o projeto Felinos do Aguaí .
A Decreto 19.635/1983 consolidou a área como Reserva Biológica, valorizando os genótipos do aguaí e reforçando a proteção.

A reserva conserva fragmentos valiosos da Mata Atlântica, um bioma que perdeu 92% de sua cobertura original.
Formando um corredor ecológico, a região se interliga a áreas protegidas como Aparados da Serra e Serra Geral.

O local é essencial para manter a qualidade do ar, da água e o equilíbrio do solo na região .
Esses 42 anos reafirmam o valor da Rebio como patrimônio natural de Santa Catarina.
Com apoio técnico e institucional, a Reserva do Aguaí garante suporte para pesquisas e conservação a longo prazo.