Francisco promoveu reformas históricas na Igreja e abriu caminhos de diálogo com minorias e outras religiões, deixando um legado de inclusão e fé – Foto: Divulgação

Líder da Igreja Católica por 12 anos, pontífice argentino marcou sua trajetória com posicionamentos sociais firmes, defesa dos pobres e abertura ao mundo moderno

O mundo católico amanheceu em luto nesta segunda-feira (21), com a morte do Papa Francisco, aos 88 anos, no Vaticano. O falecimento ocorreu às 7h35, horário local, na Casa Santa Marta, onde ele residia. A notícia foi confirmada pelo camerlengo Kevin Farrell, responsável por conduzir o protocolo de transição após a morte papal.

Jorge Mario Bergoglio, o primeiro papa das Américas e também o primeiro jesuíta a ocupar o cargo, foi eleito em 2013, após a renúncia de Bento XVI. Desde então, ganhou reconhecimento mundial por seu estilo simples, sua defesa dos pobres e por ter conduzido a Igreja em tempos de intensas transformações sociais e desafios internos.

Nos últimos anos, enfrentou sérios problemas de saúde, incluindo infecções respiratórias e limitações motoras, mas manteve boa parte da agenda ativa. Sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa (20), na sacada da Basílica de São Pedro, onde abençoou fiéis e pediu paz mundial.

Francisco também será lembrado por nomear mulheres em cargos de destaque no Vaticano, por sua abertura ao diálogo com outras religiões e minorias, e por defender o meio ambiente como prioridade pastoral. Sua morte encerra uma era marcada por gestos de empatia, firmeza ética e desejo de aproximação com os fiéis.

A Igreja inicia agora os ritos do luto e preparação para o Conclave.