Crime ocorrido em 2021 só foi esclarecido após análise genética que confirmou paternidade
Na tarde da última sexta-feira (27), a Polícia Civil de Santa Catarina prendeu preventivamente um homem de 54 anos em Coronel Freitas, no Oeste catarinense, sob suspeita de ter estuprado e engravidado sua filha, então com apenas 12 anos, em um crime ocorrido em 2021. A prisão foi possível graças a um exame de DNA concluído nesta semana, que comprovou a paternidade do feto pelo próprio pai.
O caso veio à tona quando a irmã e a sobrinha da adolescente, moradoras de Florianópolis, notaram a gestação e a levaram até a capital, onde um boletim de ocorrência foi registrado. Inicialmente, a família relatou que um homem desconhecido teria invadido a casa usando roupas escuras e capacete, narrativa reforçada pela adolescente e por anotações em seu diário.
A menina, após cerca de duas semanas de gestação, passou por um aborto legal, e o feto foi preservado para exame de DNA. Só em abril deste ano, com apoio do GAECO de Chapecó, a Polícia Civil intensificou investigações, coletou material genético de suspeitos — entre eles o pai — e aguardou a perícia.
Os resultados ficaram prontos em 25 de junho, confirmando a paternidade. Diante da confirmação científica e da convivência do acusado com a filha, atualmente com 17 anos, a autoridade policial solicitou a prisão preventiva, acatada rapidamente pela Justiça com aval do Ministério Público.
A vítima, que na época manifestou sua versão de ter sido atacada por um invasor, agora enfrenta o trauma da revelação. A polícia reforça que o inquérito será concluído nos próximos dias e que o acusado permanecerá no sistema prisional de Chapecó, à disposição da Justiça.
Especialistas destacam que casos como este evidenciam a importância da escuta especializada e do acompanhamento psicológico às vítimas, essenciais para quebrar ciclos de violência e prevenir novas tragédias. A prisão representa um passo fundamental na responsabilização e proteção dos mais vulneráveis.
Fonte: ND+