A suspensão das aulas, e consequente a implementação das atividades escolares não presenciais, alterou a rotina dos quase 14 mil alunos da rede municipal de ensino de Camboriú. Para os alunos que não tem acesso a internet, para acessar a plataforma Google Classroom, o município vem disponibilizando material impresso, inclusive para os alunos com deficiência visual, que em razão de sua condição necessitam de um material didático diferenciado.

Segundo a secretária de Educação, Alecxandra Vitorassi Rosa, há três semanas o material vem sendo produzido na sede da Secretaria de Educação, com o auxílio de uma impressora Braille, que imprime os conteúdos diretamente em Braille. “Nossa maior preocupação neste momento é com a saúde e segurança dos nossos alunos, no entanto, alinhamos tudo de modo que eles, independentemente da idade e se tem acesso a internet ou não, tenham o menor prejuízo possível diante desta situação, inclusive nossos alunos com necessidades especiais. Nossos professores encaminham os conteúdos por e-mail, já flexibilizado e adaptado para o aluno e dessa forma então é separado por matérias e impresso pela profissional Fernanda Laurindo de Moura, que é a nossa monitora de Educação Inclusiva e encarregada desse processo”, explica a secretária.

Com as atividades em mãos, a equipe de motoristas da Secretaria de Educação realiza semanalmente o transporte do material até as escolas em que os alunos estão matriculados, onde os pais fazem a retirada. Uma vez em casa, as atividades são respondidas com o auxílio da máquina de escrever em Braille. Os alunos que não tem máquina própria, a escola cede a máquina para que o aluno faça o uso em casa. As respostas posteriormente são transcritas pelos pais e entregues novamente na escola, para a correção dos professores. “Durante este período, é muito importante pensarmos em todos. Na forma em que os conteúdos são planejados e repassados, criando suportes positivos e criativos, que abranjam a todos os estudantes, ampliando a assimilação dos conteúdos previstos”, pondera a monitora de Educação Inclusiva, Fernanda Laurindo de Moura.

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