Iniciativa na Colônia Agrícola de Palhoça destaca-se nacionalmente ao capacitar apenados na indústria naval
Na Colônia Agrícola de Palhoça, na Grande Florianópolis, 70 detentos participam de um projeto inovador de ressocialização: a construção de iates de luxo. Com produção média de 10 embarcações por mês, os apenados recebem capacitação técnica e atuam diretamente na indústria naval, adquirindo habilidades valiosas para a reintegração social.
Santa Catarina destaca-se nacionalmente com 30% de sua população carcerária envolvida em atividades laborais remuneradas, superando a média brasileira de 23,8%. Em 2024, o trabalho prisional no estado movimentou R$ 28 milhões.
A remuneração dos detentos é dividida: 50% para suas famílias, 25% para custear a permanência no sistema prisional e 25% depositados em poupança acessível após o cumprimento da pena. Esse modelo proporciona suporte financeiro e dignidade no retorno à liberdade.
Com 53 unidades prisionais, Santa Catarina mantém parcerias com empresas privadas e órgãos públicos em 51 delas. Além da indústria naval, os detentos atuam em setores como montagem de eletrônicos, produção de móveis e confecção de uniformes.
A iniciativa visa não apenas a ocupação produtiva, mas também a redução da reincidência criminal, oferecendo aos apenados oportunidades reais de recomeço. A Colônia Agrícola de Palhoça exemplifica como o trabalho pode ser um instrumento eficaz de transformação social.