Foto: Divulgação

Raimundo Colombo queria ser candidato ao governo, mas o PSD entregou a posição para o União Brasil de Gean Loureiro. Ele aceitou concorrer mais uma vez ao Senado, mas, positivado para Covid, não compareceu à convenção da coligação #BoraTrabalhar. Celso Maldaner venceu em votação apertada sobre Rogério Peninha Mendonça na convenção do MDB, mas sua candidatura não foi homologada na convenção do Republicanos do candidato à reeleição Carlos Moisés. Esperidião Amin foi aclamado governador sem nome para senador, nem para vice, que deve ser da federação PSDB-Cidadania. Ele explicou que Kennedy Nunes, homologado pelo PTB, está habilitado a ser candidato ao Senado, mas a Executiva do PP é que vai resolver. Dário Berger sonha ser candidato a governador, mas abriu mão e vai à reeleição ao Senado depois de apelo de Lula para fortalecer o palanque de Décio Lima (PT). O senador Jorginho Mello (PL), que é senador e tem mandato de mais quatro anos, pelo menos publicamente nem chegou neste ponto. Está com dificuldades de fazer alianças.
Este ano só está em disputa uma vaga para o Senado. Em 2002, por exemplo, já que tanto se tem comparado os dois pleitos, eram duas vagas. O segundo voto derrubou a lógica e a propaganda. Paulinho Bornhausen, hoje candidato a deputado federal pelo Podemos, caiu de favoritíssimo a derrotado. Com ele, também caiu Casildo Maldaner (MDB) que na ocasião levou Luiz Henrique de Serra para Lula, entre o primeiro e o segundo turno das eleições. Leonel Pavan (PSDB) e Ideli Salvatti (PT) chegaram ao Senado. Ela tornou-se primeira e única mulher senadora em SC.
A boa costura se vê pelo avesso, ensinava Rosa Evangelista, sempre atenta à política, assim como sua neta a jornalista Lúcia Helena Evangelista Vieira, diretora de Comunicação da Alesc. Esse é o momento de laçadas, as eleições mostrarão quem melhor soube desatar os nós.

SC multimodal 

SC multimodal
Foto Ana Paula Keller /Divulgação

O presidente da Federação das Associações Empresarias de Santa Catarina (Facisc), Sérgio Rodrigues Alves, apresentou ontem a quarta edição do Voz Única, documento que contém diagnóstico e proposições para tornar o Estado mais competitivo e sustentável pela ação política. Foram apurados 744 pleitos, organizados em 60 prioridades, cinco por região do Estado. A principal demanda é, de longe, por infraestrutura. Tanto de ampliação e recuperação dos 108 mil quilômetros de malha rodoviária, a sexta maior do país, como modernização de outros modais. São listadas obras para implantação de conexões ferroviárias ligando SC à malha nacional e destravamento de operações para transporte aéreo de cargas e transporte marítimo para passageiros na Grande Florianópolis e para receptivo internacional no Litoral Norte. Mas, aproveitando a presença de representantes de todos os partidos, Sérgio Alves, sugeriu que seja criado um Conselho de Notáveis para ajudar o futuro governador a desenvolver Santa Catarina.

História oculta
Contava-se na convenção do MDB que Antídio Lunelli, se escolhido candidato a governador, não duraria uma semana. Já estaria acertado com a chapa #BoraTrabalhar, que Eron Giordani (PSD) cederia a cadeira de candidato a vice a deputado do MDB do norte do Estado, implodindo o apoio da sigla a Carlos Moisés. Um fato é que a convenção do União Brasil, PSD e Patriotas atrasou bem, só rolou depois da decisão do MDB de colocar Udo Döhler na chapa do governador. Outro fato é que Raimundo Colombo teria agora de escolher suplente do norte para compensar a geografia do concorrente.

Suplente do Norte
Entre o empresariado, é dado como muito provável e respeitável o nome de Ivandro de Souza, da Convisa, para ser candidato a primeiro suplente de Raimundo Colombo (PSD). O ex-governador teria recebido uma lista com cinco nomes de empresários do norte do Estado. Ivandro é construtor, como costuma se apresentar, nascido em Brusque de família humilde, começou como office boy e aos 19 anos mudou-se para Joinville. Pertenceu à Acij Jovem, ajudou a criar o Feirão do Imposto, e já comandou a Secretaria Municipal de Habitação de Joinville, na década de 1990.

Curando as marcas
O presidente estadual deputado Edinho Bez depois de ter conduzido democraticamente a convenção do MDB sábado, saiu para amenizar as marcas deixadas pela disputa. Imediatamente foi a Jaraguá do Sul. Reuniu-se com Antídio Lunelli e o deputado federal Carlos Chiodini e, depois de conversa de mais de duas horas, arrancou dele a confirmação que vai concorrer a deputado estadual. Antídio formalizou a candidatura na noite de terça no Diretório Estadual. Edinho e Celso Maldaner, que também participou da conversa, destacaram o patrimônio político alcançado pelo prefeito em pouco tempo. Bez informa que o MDB não abre mão do nome de Maldaner na chapa de Moisés.

Investimento
O Conselho Nacional do Sesi autorizou venda do complexo esportivo à Prefeitura de Blumenau. A transação será de R$ 31,3 milhões, valor que vai integrar pacote de investimentos de R$ 90 milhões previstos para as estruturas do Sesi e Senais instaladas no município. A solução, explica o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, atende tanto o interesse do setor industrial de focar na educação e promoção da saúde e segurança do trabalhador, quanto da prefeitura de potencializar a gestão do espaço. O plano da Fiesc é investir R$ 510 milhões no Estado em quatro anos.