Foto: AP Photo/Fernando Vergara /Reprodução

Oposição denuncia fraude e líderes globais exigem transparência na apuração dos votos

O presidente Nicolás Maduro foi reeleito na Venezuela no domingo (28), de acordo com o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Com 80% das urnas apuradas, Maduro obteve 51,2% dos votos, enquanto Edmundo González Urrutia ficou com 44,2%. A oposição, no entanto, acusa uma “fraude grosseira” e afirma que o verdadeiro vencedor é González Urrutia, com 70% dos votos.

María Corina Machado, líder da oposição, declarou que “a Venezuela tem um novo presidente eleito e ele é Edmundo González Urrutia”. A reeleição de Maduro gerou reações mistas na comunidade internacional, com diversos líderes questionando a legitimidade do processo eleitoral.

Nos Estados Unidos, o secretário de Estado Antony Blinken manifestou “grave preocupação” com os resultados e pediu uma apuração “justa e transparente”. A União Europeia e países como Colômbia, Chile e Argentina também exigiram a publicação detalhada das atas de votação.

No entanto, aliados de Maduro, como China, Rússia e Cuba, parabenizaram o presidente venezuelano e reafirmaram seu apoio. A China declarou-se disposta a fortalecer a parceria estratégica com a Venezuela, enquanto o presidente russo Vladimir Putin destacou a importância das relações bilaterais.

No Brasil, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva ainda não se pronunciou oficialmente, aguardando mais informações. Antes das eleições, Lula criticou declarações de Maduro sobre um possível “banho de sangue” caso não fosse reeleito.

As reações internacionais refletem a polarização sobre a reeleição de Maduro, com críticas e apoio divididos entre diferentes governos e líderes globais.