Edição genética possibilita o nascimento de filhotes com traços de espécie pré-histórica
Após uma década de pesquisas, cientistas da Colossal Biosciences anunciaram um marco na biotecnologia: o nascimento de três filhotes com características dos lobos-terríveis, espécie extinta há cerca de 10 mil anos. Os filhotes, dois machos chamados Romulus e Remus, e uma fêmea, Khaleesi, nasceram em outubro de 2024 e janeiro de 2025, respectivamente.
O projeto utilizou técnicas avançadas de edição genética, onde DNA extraído de fósseis de lobos-terríveis foi comparado ao de lobos-cinzentos modernos. Identificaram-se 14 diferenças genéticas significativas, que foram incorporadas ao genoma dos lobos-cinzentos. Embriões resultantes foram implantados em cadelas, culminando no nascimento dos filhotes. Embora saudados como avanços científicos, especialistas alertam que os animais não são réplicas exatas dos lobos-terríveis originais, pois mantêm predominantemente o genoma dos lobos-cinzentos. Além disso, há debates sobre a capacidade desses animais de exibirem comportamentos típicos dos lobos-terríveis sem o ambiente natural e social de outrora.
Os filhotes estão sendo monitorados em uma reserva ecológica protegida, onde cientistas observam seu desenvolvimento e comportamento. Este feito reacende discussões éticas sobre a desextinção de espécies e o papel da ciência na conservação. Enquanto alguns veem a iniciativa como uma demonstração do poder da biotecnologia, outros questionam sua aplicabilidade na preservação de espécies ameaçadas atualmente. A presença de figuras públicas, como o ex-jogador Tom Brady, no conselho consultivo da Colossal Biosciences, destaca o interesse público e midiático no projeto.
A empresa planeja continuar suas pesquisas, visando não apenas a desextinção, mas também a aplicação das técnicas desenvolvidas em conservação e medicina. Este avanço representa um passo significativo na compreensão e manipulação do genoma, abrindo portas para futuras aplicações na ciência e na conservação.
