Maria Gabriella Nunes havia confidenciado a amigas sobre violência sofrida antes de ser assassinada
No dia 14 de fevereiro de 2025, o corpo de Maria Gabriella Nunes, de 14 anos, foi encontrado às margens do rio Itajaí-Açu, em Navegantes, Santa Catarina. A adolescente estava desaparecida desde o dia 12, quando saiu de casa em Itajaí para encontrar o namorado, Anderson Luiz Burigo, de 23 anos. O corpo apresentava múltiplas perfurações e sinais de agressão.
Investigações revelaram que Maria Gabriella havia confidenciado a uma amiga sobre episódios de violência cometidos por Anderson. Em mensagens obtidas pela polícia, a jovem relatou ter sido enforcada e agredida ao expressar o desejo de terminar o relacionamento. “Eu não estava me sentindo bem com o relacionamento… Daí eu fui conversar com ele, ele me enforcou e me deu um tapa na cara”, dizia uma das mensagen
A mãe da adolescente, Débora Alexandre Nunes, também relatou o comportamento possessivo de Anderson. No dia do desaparecimento, Maria Gabriella mencionou que planejava encerrar o namoro devido ao ciúme excessivo do parceiro. Débora contou que, naquela manhã, a filha recebeu várias mensagens ofensivas de Anderson, acusando-a injustamente de infidelidade por não ter respondido às suas mensagens na noite anterior.
Após o desaparecimento, Anderson chegou a participar das buscas pela adolescente. Contudo, com a descoberta do corpo e o avanço das investigações, ele foi preso no dia 15 de fevereiro, sob suspeita de feminicídio e ocultação de cadáver. Em depoimento, Anderson admitiu ter agredido Maria Gabriella em ocasiões anteriores por ciúmes, mas negou envolvimento na morte.
A comunidade de Itajaí ficou profundamente abalada com o ocorrido. A prefeitura local emitiu nota lamentando a perda de Maria Gabriella, destacando-a como uma estudante dedicada e querida por colegas e professores. O caso reforça a urgência de medidas preventivas e educativas contra a violência doméstica e o feminicídio, especialmente entre jovens.
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Fonte: ND+
