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Moradores e poder público se unem para desenhar políticas habitacionais alinhadas à realidade local

Nesta semana, o município de Porto Belo (SC) realizou a primeira de uma série de oficinas participativas para a elaboração do seu Plano Municipal de Habitação de Interesse Social (PMHIS). O encontro aconteceu no bairro Jardim Dourado e reuniu moradores, lideranças comunitárias, representantes de conselhos municipais e equipe da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), contratada para mediar o processo a convite do Conselho Municipal de Habitação e da Secretaria de Assistência Social.

A iniciativa teve como foco principal ouvir a comunidade — por meio de dinâmicas, registro de sugestões e até mapeamento gráfico de bairros — para compreender os desafios da habitação local e identificar potencialidades a partir da realidade dos moradores. Foram discutidos temas como acesso à moradia digna, localização de residências, infraestrutura, vulnerabilidade social e formas de participação cidadã.

Durante a oficina, os participantes conheceram os objetivos do PMHIS e tiveram a oportunidade de expressar suas opiniões: apontaram problemas enfrentados, valorizaram aspectos positivos de seus bairros e colaboraram com ideias para um plano que dialogue com as reais condições do município.

O PMHIS é um instrumento de planejamento público destinado a orientar ações municipais voltadas a famílias em situação de vulnerabilidade ou com renda limitada. A proposta desponta como um passo importante para Porto Belo organizar, com clareza e participação, políticas de habitação mais eficazes.

A estratégia participativa reforça que a construção das políticas públicas não é feita apenas para os moradores, mas com os moradores — legitimando o processo e trazendo mais representatividade à gestão.
Com esse primeiro encontro, o município dá o sinal de que deseja avançar com transparência, colocando a voz da comunidade no centro das decisões e buscando formatos de habitação que respeitem identidade, localização e condição social do bairro e da cidade como um todo.

A expectativa agora é que novas oficinas sejam realizadas em outros bairros e que as contribuições recolhidas aqui sejam integradas em um documento final que defina diretrizes, metas e ações concretas para próximos anos. Esse percurso colaborativo abre caminho para que Porto Belo enfrente a questão da moradia com planejamento, justiça social e participação popular.