A professora Marli Lother, vítima do atropelamento, tinha 53 anos – Foto: Reprodução/Redes Sociais

MPSC denunciou o suspeito pelo atropelamento que resultou na morte da professora em Três Barras; decisão ainda pode ser contestada pela defesa

Um novo capítulo foi aberto no caso que comoveu Três Barras (SC): a Justiça acatou a denúncia do Ministério Público (MPSC) e determinou que o suspeito de atropelar e matar a professora Marli Lother, em março, seja julgado pelo Tribunal do Júri. A decisão continua sujeita à análise de recurso da defesa.

Segundo o MPSC, o acusado, identificado como Gabriel Carvalho, atropelou a professora enquanto ela pedalava, além de atingir duas adolescentes, resultando em um quadro com tentativas de homicídio qualificado. A denúncia aponta que ele agiu sob efeito de álcool e drogas, retornou ao local e chegou a comemorar o crime, conforme registros em vídeo.

As audiências de oitiva de testemunhas começaram em junho, com 16 depoimentos da acusação e quatro da defesa já agendados — etapa essencial para fundamentar a decisão do júri.

Para o advogado da família, Charles Brito, há provas robustas para manter a pronúncia, o que ele considera um passo importante rumo à justiça. A acusação destaca ainda qualificadoras como motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas — fatores que agravam a pena.

A comunidade local permanece sensibilizada com o episódio. Marli era professora de Libras, dedicada à educação inclusiva e lembrada por seus entes queridos como uma mulher generosa, mãe e avó amorosa — legado que segue vivo nas memórias de quem a conheceu.

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