Redução no orçamento afeta Bolsa Família, ensino integral e incentivo a estudantes
O Governo Federal encaminhou ao Congresso Nacional uma proposta de realocação orçamentária para 2025, buscando ajustar as despesas de forma drástica. No entanto, essas mudanças têm um impacto direto e negativo em alguns dos principais programas sociais que atendem a população mais vulnerável. Entre as alterações mais preocupantes, destacam-se:
Corte de R$ 7,7 bilhões no programa Bolsa Família: Essa redução drástica representa uma diminuição considerável nos recursos destinados ao Bolsa Família, que é o principal instrumento de transferência de renda para milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade. O corte coloca em risco o sustento de milhares de famílias que dependem do programa para garantir o mínimo necessário para sua sobrevivência.
Corte de R$ 4,8 bilhões nas ações de implantação de escolas em tempo integral: Considerada uma das prioridades do Ministério da Educação, a implantação de escolas em tempo integral sofreu uma redução substancial. Esse corte compromete o futuro educacional de jovens de baixa renda, que perderão a oportunidade de ter uma formação mais qualificada e acesso a atividades extracurriculares essenciais para seu desenvolvimento.
Ausência de suplementação para o programa Pé-de-Meia: O Pé-de-Meia, programa que visa incentivar a permanência de estudantes de baixa renda no ensino médio, não recebeu os recursos adicionais necessários para sua manutenção. A decisão ignora a necessidade de apoiar jovens de famílias carentes a continuarem sua educação, o que pode resultar em abandonos escolares e na perpetuação do ciclo de pobreza. Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) já havia exigido a adequação do programa às normas fiscais, após constatar que ele operava fora do orçamento.
Essas decisões refletem os esforços do governo em equilibrar as contas públicas, mas à custa da população mais necessitada. Embora alguns programas, como o Auxílio-Gás e benefícios previdenciários, tenham recebido aumentos, outros setores essenciais para a qualidade de vida e o futuro dos brasileiros, como educação e assistência social, enfrentam cortes severos. Esses ajustes orçamentários colocam em dúvida as verdadeiras prioridades do governo, especialmente quando se trata de garantir direitos básicos para as parcelas mais vulneráveis da população.