Voepass tem operações suspensas pela Anac após identificação de irregularidades – Foto: Internet/Reprodução/G7SC

Suspensão visa garantir segurança após acidente que matou 62 pessoas em São Paulo

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou, nesta terça-feira (11), a suspensão cautelar das operações da Voepass Linhas Aéreas. A decisão ocorre após o trágico acidente em Vinhedo, São Paulo, em 9 de agosto de 2024, que resultou na morte de 62 pessoas. O voo 2283, operado por um ATR 72-500, partiu de Cascavel com destino a Guarulhos, mas caiu cerca de 30 minutos antes do horário previsto de chegada.

Após o acidente, a Anac iniciou uma fiscalização intensiva nas operações da Voepass, identificando irregularidades nos sistemas de gestão da empresa. Apesar das medidas corretivas exigidas, como redução de voos e aumento do tempo de manutenção das aeronaves, auditorias realizadas em fevereiro de 2025 apontaram a reincidência de problemas e descumprimento das exigências. Diante disso, a Anac optou pela suspensão das atividades da companhia até que a segurança operacional seja comprovadamente restabelecida.

A Voepass, resultado da fusão entre Passaredo Transportes Aéreos e MAP Linhas Aéreas, possui uma frota de seis aeronaves e opera em 15 localidades comerciais e duas por meio de fretamento. Com a suspensão, os passageiros com voos programados devem buscar reembolso ou reacomodação junto às empresas responsáveis pela venda das passagens, que podem ser a própria Voepass, a Latam ou agências de viagens.

O acidente de Vinhedo foi o mais grave na aviação comercial brasileira desde 2007. O ATR 72-500 envolvido tinha 14 anos e havia sido adquirido pela Voepass em 2022. Investigações preliminares sugerem que o acúmulo de gelo nas asas pode ter contribuído para a tragédia. As caixas-pretas foram recuperadas e estão sendo analisadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

A Anac reforça seu compromisso com a segurança da aviação civil e continuará monitorando de perto as operações das companhias aéreas para garantir a integridade dos passageiros e tripulações.

Fonte: R7