A aparição de águas-vivas no litoral catarinense acende alerta para banhistas — Foto: Divulgação

Presença dos animais no início da estação turística leva a reforço de orientações de segurança

Ainda nos primeiros dias de verão, um trecho de aproximadamente um quilômetro da praia de Imbituba mostrou a presença de cerca de 30 águas-vivas, alerta que pode antecipar um aumento desses animais no litoral catarinense.

O fenômeno foi registrado por um professor da UFSC, que observou o grupo de medusas próximo à costa, e serve de lembrete de que a estação traz não só calor e praias cheias, mas riscos naturais para banhistas.

Essa ocorrência coincide com um período em que as águas-vivas tendem a se reproduzir devido à elevação da temperatura do mar e à ação das correntes marítimas, fatores que favorecem sua aproximação da costa.

Pesquisas de temporadas anteriores mostram que Santa Catarina já registrou mais de 16 mil casos de lesões causadas por águas-vivas em uma só temporada, ressaltando a necessidade de atenção redobrada.

A espécie mais observada é a água-viva reloginho, de aparência quase translúcida, mas capaz de causar irritação e queimaduras quando em contato com a pele.

Em temporadas passadas, houve inclusive casos de reações alérgicas após contato com esses animais, o que reforça a importância de cuidados.

Por isso, os guarda-vidas sinalizam com a bandeira lilás os trechos onde a presença de águas-vivas foi confirmada, indicando risco para os banhistas.

Ao sentir ardência ou perceber o animal no mar, orienta-se sair da água imediatamente e buscar auxílio no posto mais próximo.

Imagem de um salva-vidas de roupa vermelha, depositando vinagre em uma menina, na queimadura, para relacionar ao protocolo correto a se fazer em casos de machucado com a água-viva
Aplicação de vinagre é o procedimento correto para reduzir a dor e neutralizar toxinas após queimaduras de água-viva — Foto: Divulgação/CBMSC/G7SC

O tratamento recomendado pelos bombeiros inclui lavar o local com água do mar e aplicar vinagre, que ajuda a reduzir os sintomas.

Procedimentos como água doce ou métodos caseiros não são aconselhados, pois podem intensificar a dor e complicar lesões.

Com a estação de verão em curso e o aumento de frequentadores nas praias, manter atenção às orientações de segurança é fundamental para aproveitar o litoral com mais tranquilidade.