Em novo capítulo do impasse, sindicato decide manter paralisação apesar da proposta da empresa
A greve dos trabalhadores da Celesc seguiu firme nesta quarta-feira (24), no terceiro dia do movimento, mesmo após pedido da empresa para que o motim fosse suspenso e as negociações retomadas. O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) mantém acompanhamento para evitar que consumidores sejam penalizados, especialmente nas áreas atingidas por temporais e tornado no domingo (21).
O Sindicato dos Trabalhadores Eletricitários (Intercel) confirmou que a categoria votou pela manutenção da paralisação, enquanto a Celesc argumentou que a adesão é inferior ao que o sindicato afirma. A disputa pelos números de participação segue como ponto de discórdia.
A Celesc, em nota enviada ontem, solicitou formalmente o fim da greve para que as negociações avancem de “forma produtiva e equilibrada”, apresentando uma proposta com reajuste salarial conforme a inflação, ampliação do vale-alimentação, vale extra para 2026 e atualização de auxílios.
Durante a paralisação, a empresa garante que não haverá cortes de energia e que serviços emergenciais seguirão ativos. Os canais digitais, como aplicativo, site e totens, continuam disponibilizados para serviços administrativos, segundo a Celesc.
O MPSC, por sua vez, exige transparência nas negociações: quer saber quantos trabalhadores aderiram ao movimento, quantas agências estão funcionando e qual o impacto real nos serviços públicos.
O sindicato reafirmou que não encerrará o movimento sem avanços concretos e pediu que as reuniões com a empresa incluam representantes que permanecem mobilizados nas unidades.
A solidariedade ao movimento veio de entidades como a CUT-SC, que manifestou apoio aos trabalhadores da Celesc e exigiu que a empresa e o governo estadual retomem o diálogo com compromisso real e equilíbrio.
Enquanto isso, clientes são orientados a usar os canais digitais para serviços básicos — emissão de fatura, segunda via etc. — até que o impasse seja superado.