
Dois adolescentes morrem e três ficam feridos em ataque a tiros durante intervalo
Duas vítimas fatais e três feridos: esse foi o saldo de um ataque a tiros na Escola Estadual Professor Luiz Felipe, em Sobral (CE), ocorrido na manhã desta quinta-feira (25). O episódio, que gerou comoção em todo o estado, aconteceu durante o intervalo, quando estudantes estavam no pátio da escola e foram surpreendidos por disparos vindos da calçada externa.
As vítimas fatais foram identificadas como Victor José Guilherme Souza de Aguiar, de 16 anos, e Luiz José Cláudio Souza Oliveira Filho, de 17. Ambos eram alunos da instituição e morreram ainda no local. Outros três atingidos foram socorridos à Santa Casa de Misericórdia de Sobral, mas não tiveram suas identidades divulgadas até o momento.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, os disparos foram feitos de fora do terreno escolar, mirando os jovens que estavam no estacionamento e no pátio. Entre os materiais apreendidos com uma das vítimas estavam drogas, embalagens e uma balança de precisão, informação que também está sob apuração.
Sobral, localizada a 230 km de Fortaleza, ficou marcada nacionalmente por seu modelo educacional inovador, referência em rankings de ensino. O ataque, por outro lado, traz um revés doloroso para uma cidade símbolo da excelência escolar.
O governador Elmano de Freitas expressou indignação com o crime e anunciou reforço no policiamento da região. Equipes da alta cúpula da Segurança Pública foram deslocadas para Sobral, e o chefe do Executivo estadual prometeu rigor na captura dos autores.
A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Sobral e do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Norte, conduz as investigações para identificar responsáveis e esclarecer motivações.
A Secretaria de Educação suspendeu as aulas até sexta-feira (26) e disponibilizou apoio psicológico a alunos, professores e servidores da escola.
O ataque evidencia a vulnerabilidade de ambientes que deveriam ser protegidos. Em Sobral, onde a educação sempre foi motivo de orgulho, a tragédia reacende a discussão sobre segurança em espaços escolares e sobre como impedir que locais de aprendizado se tornem cenários de dor e luto.