Dois PMs são presos suspeitos de prevaricação no caso do ‘Lobo da Batel’ em SC — Foto: Reprodução/PMSC/Redes sociais

Suposta exigência de dinheiro para evitar prisão de estelionatário leva à detenção preventiva de dois PMs

Na tarde do último sábado, a apreensão do foragido conhecido como “Lobo da Batel” em Itapema trouxe à tona um desdobramento grave: dois policiais militares foram detidos sob acusações de concussão e prevaricação. Com a prisão preventiva decretada pela Justiça, ambos permanecem custodiados no 31º Batalhão da Polícia Militar, enquanto as investigações buscam esclarecer se, de fato, houve exigência de vantagem indevida em troca de silêncio.

O homem preso — José Oswaldo Dell’Agnolo — estava sob mandado federal por fraudes ligadas a um esquema milionário que lesou centenas de investidores. Durante a operação que resultou em sua captura, a polícia localizou no hotel mais de R$ 5 milhões em espécie, além de dólares, aparelhos eletrônicos e outros bens de alto valor.

Segundo autoridades responsáveis pela ação, a detenção dos policiais ocorreu logo após o foragido relatar que teria recebido uma proposta financeira para não ser preso. Ao receber a denúncia, a corporação determinou a prisão imediata da dupla e abriu investigação interna para apurar a conduta.

Desde então, os dois militares aguardam o desfecho das apurações em regime de custódia. O procedimento inclui análise de depoimentos, verificação de imagens e conferência de todos os registros da ocorrência. A Polícia Militar afirma que o caso é tratado com total transparência e que “o rigor da lei será cumprido até o fim”, independentemente das funções e posições dos envolvidos.

O episódio reacende o debate sobre os riscos de corrupção dentro das forças de segurança, especialmente quando há valores elevados e criminosos procurados por fraudes. A prisão do estelionatário e a apreensão dos milhões podem representar um marco, mas só produzirão efeito duradouro se vierem acompanhadas de investigação profunda, julgamento claro e responsabilização efetiva.

Em meio às expectativas, a comunidade aguarda respostas. Para moradores e investidores lesados, a esperança é que o caso não se encerre apenas na prisão do golpista, mas impulsione mudanças que reforcem a confiança nas instituições e assegurem que situações semelhantes não se repitam.

Fonte: ND+

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