
Letícia Paul, de 22 anos, sofreu choque anafilático após contraste em tomografia; família cobra respostas sobre atendimento médico
Na última quarta-feira, 20 de agosto, a comunidade de Rio do Sul, em Santa Catarina, foi abalada pela trágica morte de Letícia Paul, advogada recém-formada de 22 anos, vítima de choque anafilático — uma reação alérgica extremamente rara — durante um exame de tomografia com contraste no Hospital Regional Alto Vale. A jovem, que enfrentava cálculos renais, passou mal ainda dentro do equipamento, foi entubada e não resistiu, falecendo menos de 24 horas após o procedimento.
A Polícia Civil abriu investigação no intuito de revisar prontuários médicos e ouvir testemunhas, com o objetivo de entender o socorro prestado e possíveis falhas na emergência. Por enquanto, a linha investigativa permanece em aberto.
Letícia era natural de Lontras e cursava pós-graduação em Direito e Negócios Imobiliários. Estudiosa, brilhante e cheia de planos, sua partida repentina deixou amigos, colegas e familiares em choque. A tia, Sandra Paul, lamentou a situação: embora Letícia tivesse feito exames similares antes, nunca havia manifestado alergia, o que torna o cenário ainda mais chocante e incompreensível.
No dia seguinte ao falecimento, o corpo foi velado na Casa Mortuária Jardim Primavera, em Rio do Sul, e posteriormente encaminhado ao Crematório Vaticano, em Balneário Camboriú, em cerimônia marcada pela dor e comoção.

Em comunicado oficial, o hospital lamentou a perda da jovem e ressaltou que os procedimentos foram conduzidos conforme protocolos clínicos vigentes, reafirmando compromisso com ética, transparência e segurança assistencial.
Especialistas lembram que o uso de contraste é considerado seguro e essencial para diagnósticos precisos, e apenas um em cada milhares de pacientes podem apresentar reações graves — reforçando a importância de comunicação prévia entre médico e paciente e de atenção redobrada em clínicas e hospitais.









