Investigação mira tráfico de fauna e apreende espécies exóticas – Foto: Divulgação

Em ação coordenada no litoral e interior, forças de segurança fecham investigação sobre fauna silvestre

Na manhã desta quarta-feira, uma força-tarefa formada pelo GAECO, pela Polícia Militar Ambiental e pela 21ª Promotoria de Justiça de Joinville deflagrou a operação que abalou o tráfico de fauna em Santa Catarina. A iniciativa percorreu sete municípios — incluindo Joinville, Florianópolis, Araranguá, Águas Mornas, Brusque, Armazém e Joaçaba — para cumprir 11 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de compra, venda e guarda ilegal de animais silvestres.

Foram detidos em flagrante seis investigados: três pela posse ilegal de arma de fogo e três pelo uso de documentos falsos.
No total, foram apreendidos cerca de 50 animais silvestres nativos e 113 exóticos, além de armas, munições e aparelhos usados nas infracções.
O nome da operação, “Libertas”, remete ao Projeto Libertas, ação de âmbito nacional que reúne o Abrampa, a WWF‑Brasil e a Freeland Brasil em prol do combate ao crime contra a fauna.

Operacao resgata dezenas de animais em SC
Animais silvestres são resgatados durante força-tarefa em SC – Foto: Divulgação

Os animais resgatados foram levados a centros de triagem e reabilitação, sob cuidados veterinários, enquanto os objetos apreendidos serão analisados pela Polícia Científica para produzir laudos periciais.
As autoridades destacam que o foco da ação não é apenas punir os envolvidos, mas proteger vidas e espécies ameaçadas, além de fragilizar uma rede que explora animais como mercadoria.
Para a comunidade, o impacto vai além: é um alerta de que o Estado está ativo e que crimes ambientais não serão mais invisíveis.

A investigação segue em sigilo, com previsão de novas etapas e possíveis denúncias contra pessoas envolvidas no esquema.
Com a mobilização dos agentes, Santa Catarina reforça o posicionamento de que a fauna não é alvo para tráfico, mas patrimônio a ser preservado.