
Quatro homens, entre eles um apontado líder do Primeiro Comando da Capital, caem em confronto com a Polícia Militar de Santa Catarina em Florianópolis
Na noite de domingo (2), uma operação da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) resultou na morte de quatro homens fortemente armados no bairro Ponta das Canas, em Florianópolis. Entre eles estava um homem de São Paulo, apontado como líder da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) com atuação na comunidade Papaquara, no Norte da Ilha, e que estava foragido por homicídio.
Segundo a corporação, durante patrulhamento os policiais visualizaram um indivíduo que entrou rapidamente em uma residência — atitude considerada suspeita — e decidiram adentrar o imóvel. No interior, encontraram o grupo de quatro homens que reagiu com violência. Um dos suspeitos tentou subtrair o fuzil de um policial, deflagrando o confronto.
Na sequência, os agentes da PMSC reagiram diante da iminente ameaça e do elevado poder de fogo do grupo, segundo a corporação. O Serviço Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado para constatar os óbitos no local.
Durante a ação, foram apreendidas cinco armas: uma submetralhadora de calibre 9 mm, três pistolas, um revólver, além de vasta munição e rádios comunicadores. A submetralhadora, conforme a PM, teria sido usada dias antes para assaltar um posto de combustível na rodovia SC‑401.

A comunidade Papaquara, informam investigações, é considerada o único ponto no Norte da Ilha sob domínio do PCC, segundo a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). No mês de outubro de 2024, o local foi palco de ataques motivados pela disputa entre o PCC e o Primeiro Grupo Catarinense (PGC).
A PMSC destacou que a ação foi fruto de levantamento de inteligência, cooperação entre batalhões e iniciativa de bloquear rotas de fuga e abastecimento da facção. O 21.º Batalhão comandou a operação em que o suspeito principal já contava com mandado de prisão ativo por homicídio.
Embora as circunstâncias completas ainda estejam sob investigação, a corporação afirma que o enfrentamento serviu para enfraquecer o aparato armado da facção na região e restituir sensação de segurança aos moradores. Ainda assim, o episódio reforça o alerta sobre o nível de violência e a estrutura paramilitar que essas organizações mantêm nas periferias urbanas.
Moradores da área, ouvidos em caráter reservado, disseram que o confronto gerou tensão e que esperam maior presença do Estado para coibir o tráfico que domina as ruas, casas e rotas de transporte clandestino. A polícia reforçou o apelo para que a comunidade colabore com denúncias e legitime as operações que visam retomar o território do crime.
Fonte: nd+









