Ação da Operação Infidelis durante cumprimento de mandados em quatro estados – Foto: Divulgação/PF

Ação cumpriu mandados em quatro estados e apreendeu mais de 11 toneladas de entorpecentes

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (5) a operação batizada de Operação Infidelis, que desarticulou uma quadrilha internacional responsável pelo transporte de drogas e armas de fogo. De acordo com a investigação, o grupo operava por meio de caminhões que saíam da região de Foz do Iguaçu (PR) com destino a diversos estados brasileiros, usando batedores à frente dos veículos para evitar barreiras policiais.

Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, 6 de prisão preventiva, além do sequestro de bens, com ordens expedidas pela 3ª Vara Federal de Foz. As ações ocorreram em municípios como Foz do Iguaçu e Fazenda Rio Grande (PR), Florianópolis (SC) e Serafina Corrêa (RS). As investigações iniciaram em setembro de 2024, com apreensões preliminares que levaram ao mapeamento do esquema. Em dados finais, o grupo é apontado como responsável por cerca de 11,3 toneladas de maconha, 443 kg de cocaína, 288 kg de crack e 18 fuzis.

A logística montada incluía motoristas que seguiam à frente dos carregamentos para avisar sobre rondas e fiscalizações — parte de um padrão altamente profissionalizado. A operação evidencia a complexidade crescente do crime organizado que cruza fronteiras, transportando cargas ilícitas em larga escala. As prisões e apreensões reforçam o comprometimento das forças de segurança no enfrentamento do tráfico internacional. Os investigados devem responder por tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro, entre outros crimes graves. Caminhões vinculados aos ilícitos foram apreendidos e estão sob controle das autoridades.

O impacto da operação atinge não só os estados envolvidos mas o país como um todo: a interrupção de rotas percentualmente relevantes no tráfico pode alterar o cenário de atuação das organizações criminosas. A PF ainda ressalta que a desestruturação desse grupo não encerra as investigações: outras fases podem ser deflagradas para ir mais fundo na rede de fornecedores, financiadores e transportadores.

Esse trabalho demonstra que, embora o crime avance em escala e sofisticação, a resposta institucional também se adapta e se fortalece. A sociedade, por sua vez, observa no resultado desta operação a importância da colaboração, da investigação e do controle estatal para proteger vidas e garantir que as fronteiras não sejam rota livre para o crime.