Ricardo Godoi, de 46 anos, sofreu parada cardiorrespiratória antes de iniciar tatuagem; laudo aponta uso de anabolizantes e hipertrofia cardíaca
A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu o inquérito sobre a morte do influenciador Ricardo Godoi, de 46 anos, ocorrida em 20 de janeiro em Itapema. Godoi sofreu uma parada cardiorrespiratória após receber anestesia geral para realizar uma tatuagem nas costas. O médico anestesista responsável foi indiciado por homicídio culposo, por negligência ao não solicitar exames específicos que poderiam indicar riscos à anestesia.
Godoi, conhecido por divulgar carros de luxo nas redes sociais, havia realizado exames laboratoriais antes do procedimento, que não apontaram riscos aparentes. Ele assinou um termo de consentimento informando-se sobre os possíveis perigos da anestesia. No entanto, o laudo pericial revelou que ele apresentava hipertrofia cardíaca, possivelmente relacionada ao uso prolongado de anabolizantes, o que pode ter contribuído para a parada cardiorrespiratória.
O caso gerou debates sobre a segurança do uso de anestesia geral em procedimentos estéticos. Especialistas alertam que a anestesia geral deve ser aplicada apenas em ambientes hospitalares, com monitoramento contínuo e equipe treinada para responder a complicações. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que decidirá sobre a apresentação de denúncia à Justiça.
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