
Primeira turma feminina contará com até 1.500 vagas e foco na integração em áreas administrativas e de apoio logístico
A partir de 2025, mulheres brasileiras poderão se alistar voluntariamente nas Forças Armadas, em um marco histórico para o país. A iniciativa, anunciada pelo Ministério da Defesa, oferecerá inicialmente 1.500 vagas em 28 cidades de 13 estados e no Distrito Federal, com a integração ao serviço militar obrigatória a partir de 2026. O objetivo é ampliar a participação feminina no setor, que atualmente representa cerca de 10% do efetivo das Forças Armadas.
As candidatas precisam ter 18 anos completos em 2025 e residir em municípios que contam com organizações militares. O alistamento poderá ser feito de forma online, pelo site alistamento.eb.mil.br, ou presencialmente nas Juntas de Serviço Militar entre 1º de janeiro e 30 de junho. Após a seleção, as mulheres começarão o serviço militar obrigatório, com duração inicial de 12 meses, podendo ser estendido por até oito anos.
O processo de inclusão vem sendo discutido há anos e reflete esforços para ampliar a diversidade e promover a igualdade de gênero nas Forças. Atualmente, mulheres ocupam maior espaço nas áreas de saúde, logística e ensino militar, mas enfrentam restrições para acessar funções combatentes, como a infantaria e a artilharia. As adaptações para recebê-las incluem adequação de instalações, como dormitórios e banheiros.
Durante a cerimônia de anúncio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o avanço representado pela medida: “Reflete o esforço de modernização das Forças Armadas e reforça que o lugar da mulher é onde ela quiser”. O ministro da Defesa, José Múcio, destacou que a iniciativa é um passo inicial, e estudos futuros definirão a ampliação gradual do contingente feminino.
Além do alistamento, mulheres que desejam carreira militar permanente devem ser aprovadas em concursos públicos para escolas como o Colégio Naval, a EsPCEx (Exército) e a EPCAR (Aeronáutica), que oferecem formação para ingresso na carreira. A expectativa é de que a integração voluntária atraia candidatas interessadas em áreas administrativas e de apoio logístico, já que as vagas combatentes ainda exigem mudanças regulatórias.









