Líder afirma que guerra terminou, pacto inclui libertação de prisioneiros e retirada parcial de tropas
Khalil Al-Hayya, figura de comando do Hamas em Gaza, declarou nesta quinta-feira que o grupo recebeu garantias internacionais — de mediadores árabes, dos Estados Unidos e da Turquia — confirmando que a guerra “terminou de forma permanente”. O anúncio ocorre poucos dias após a assinatura de um acordo de cessar-fogo com Israel, que prevê troca de reféns por presos palestinos.
Segundo o entendimento, Israel suspenderá combates, retirará parte de suas tropas e abrirá um corredor com o Egito. Em contrapartida, o Hamas entregará os reféns retidos e Israel libertará mulheres e crianças palestinas, além de prisioneiros com penas longas e outros detentos.
Al-Hayya afirmou que serão soltos 250 palestinos condenados a penas elevadas e cerca de 1,7 mil detidos desde 7 de outubro de 2023. O cronograma inclui a soltura progressiva de reféns israelenses ao longo das fases do pacto.
Em Washington, o governo dos EUA saudou o acordo como o primeiro passo de um plano diplomaticamente amplo, desejando que ele se mantenha firme.
O pacto foi ratificado pelo gabinete israelense e deverá ser ativado dentro de 24 horas, com efeito imediato na Faixa de Gaza e retirada parcial de forças.
Com o cessar-fogo, milhares de habitantes de Gaza começaram a retornar às suas casas destruídas, enquanto parte dos soldados se reposicionava no território conforme a linha definida em acordo. O mundo assiste com cautela, uma vez que desafios como desarmamento, reconstrução e governo local permanecem pendentes — e a paz dependerá da efetiva implementação de cada fase.