Sem o leite materno, a sobrevivência do mamífero era praticamente impossível, segundo especialistas
Um filhote de baleia-franca que foi resgatado após encalhar em uma praia de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, infelizmente não resistiu. Após seis dias do resgate, o mamífero foi encontrado morto neste domingo (30), na mesma praia onde havia sido salvo por uma equipe de mais de 20 pessoas.
De acordo com o Centro Nacional de Conservação da Baleia Franca (ProFRANCA/Australis), a sobrevivência do filhote dependia crucialmente do reencontro com sua mãe, pois os filhotes desta espécie necessitam do leite materno para sobreviver nos primeiros meses de vida. As mães e os filhotes costumam permanecer juntos por quase um ano, reforçando a importância deste vínculo.
Na última sexta-feira (28), equipes do Projeto Farol das Baleias avistaram o filhote na mesma região, nadando sozinho. A ausência da mãe gerou grande preocupação entre os biólogos, que temiam pela sobrevivência do jovem cetáceo. Neste domingo, o corpo do filhote foi encontrado na praia, confirmando os piores receios.
Este encalhe marcou o primeiro registro da temporada reprodutiva da baleia-franca em Santa Catarina, que começou antecipadamente em maio e deve durar até novembro. A baleia-franca, com nome científico Eubalaena australis, é uma espécie que depende intensamente do cuidado maternal nos primeiros meses de vida.
No dia 24 de junho, o filhote recém-nascido encalhou na praia de Imbituba, mobilizando uma operação de resgate que envolveu 20 pessoas. Com esforço conjunto, o animal foi direcionado para águas mais profundas, conseguindo se mover e desencalhar. Apesar de estar ativo e conseguir sair da zona de arrebentação, a ausência da mãe tornou sua sobrevivência inviável.
O ProFRANCA ressaltou a importância de proteger e conservar as baleias-franca, especialmente durante a temporada reprodutiva, e alertou para os desafios enfrentados pelos filhotes quando se separam das mães.
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