Entre os favoritos à liderança da Igreja Católica, destacam-se dois brasileiros: Leonardo Ulrich Steiner, de Santa Catarina, e Sérgio da Rocha, de São Paulo
Conclave: o processo de escolha do novo Papa
Com o falecimento do Papa Francisco em 21 de abril de 2025, a Igreja Católica inicia o período conhecido como “Sede Vacante”. Durante esse intervalo, os cardeais se reúnem no conclave para eleger o novo pontífice.
O conclave ocorre na Capela Sistina, no Vaticano, e é restrito aos cardeais com menos de 80 anos, atualmente totalizando 135 eleitores. Esses cardeais permanecem isolados, sem acesso a meios de comunicação, até que um novo Papa seja escolhido. A eleição exige uma maioria de dois terços dos votos. As votações são sinalizadas por fumaça: preta indica que nenhum candidato foi eleito; branca, que um novo Papa foi escolhido.
Principais cardeais cotados para o papado
1. Matteo Zuppi (Itália)
Arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, Zuppi é reconhecido por seu trabalho em prol da paz e do diálogo inter-religioso. É considerado um progressista dentro da Igreja.
2. Pietro Parolin (Itália)
Secretário de Estado do Vaticano desde 2013, Parolin é conhecido por sua habilidade diplomática e proximidade com o Papa Francisco. Tem experiência em negociações internacionais, incluindo relações com a China e o Oriente Médio.
3. Pierbattista Pizzaballa (Itália)
Patriarca Latino de Jerusalém, Pizzaballa tem vasta experiência no Oriente Médio e é conhecido por seus esforços em promover o diálogo entre cristãos, judeus e muçulmanos.
4. Jean-Marc Aveline (França)
Arcebispo de Marselha, Aveline é destacado por seu trabalho com comunidades migrantes e pelo diálogo com o Islã. Foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco em 2022.
5. José Tolentino de Mendonça (Portugal)
Prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, Tolentino é poeta e teólogo, conhecido por sua abordagem humanista e diálogo com a cultura contemporânea.
6. Péter Erdő (Hungria)
Arcebispo de Esztergom-Budapeste, Erdő é conhecido por sua postura conservadora e forte base teológica. Já foi presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa.
7. Mario Grech (Malta)
Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, Grech é visto como um moderado, com foco na sinodalidade e na escuta das comunidades católicas ao redor do mundo.
8. Luis Antonio Tagle (Filipinas)
Pró-Prefeito do Dicastério para a Evangelização, Tagle é carismático e tem forte apelo na Ásia. É conhecido por seu trabalho com os pobres e pela habilidade de comunicação.
9. Blase Cupich (Estados Unidos)
Arcebispo de Chicago, Cupich é considerado progressista, com foco em inclusão e diálogo com diferentes segmentos da sociedade.
10. Wilton Gregory (Estados Unidos)
Arcebispo de Washington, Gregory é o primeiro cardeal afro-americano dos EUA. Tem se destacado por seu compromisso com a justiça social e combate ao racismo.
11. Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo)
Arcebispo de Kinshasa, Besungu é conhecido por sua defesa dos direitos humanos e do meio ambiente, especialmente na região da Bacia do Congo.
Brasileiros entre os favoritos
12. Leonardo Ulrich Steiner (Brasil)
Nascido em Forquilhinha (SC), Steiner é arcebispo de Manaus desde 2020 e foi criado cardeal em 2022, tornando-se o primeiro da região amazônica. Franciscano, é reconhecido por seu compromisso com a ecologia integral e os povos indígenas.
13. Sérgio da Rocha (Brasil)
Natural de Dobrada (SP), é arcebispo de Salvador e primaz do Brasil desde 2020. Criado cardeal em 2016, tem mestrado em Teologia Moral e doutorado pela Pontifícia Universidade Lateranense. É membro do Conselho de Cardeais que auxilia o Papa no governo da Igreja.
Próximos passos
O conclave está previsto para começar entre 15 e 20 dias após a morte do Papa, conforme estabelecido pela constituição apostólica “Universi Dominici Gregis”. Durante esse período, os cardeais participam de reuniões preparatórias para discutir os desafios da Igreja e as qualidades desejadas no novo pontífice.
A expectativa é que o novo Papa seja eleito em poucos dias de conclave, seguindo a tradição recente. Após a eleição, o novo pontífice será apresentado ao mundo com o anúncio “Habemus Papam” e dará sua primeira bênção da sac
