Imagens registram o rastro de destruição deixado pelo tornado no Paraná - Foto: Reprodução

Cinco mortes confirmadas e centenas de feridos; confira vídeo aéreo que mostra o rastro da devastação

Na tarde de sexta-feira, um tornado de grande intensidade devastou parte do Paraná, com foco principal em Rio Bonito do Iguaçu, tornando-se um símbolo direto de destruição e perda.

O governo estadual confirmou a morte de cinco pessoas – quatro na cidade e uma em Guarapuava – e mais de 400 atendimentos de emergência foram feitos.
Vídeos captados por drone mostram um cenário de guerra: casas arrancadas de suas fundações, veículos empilhados, postes caídos e ruas tomadas por detritos. Estimativas preliminares indicam que cerca de 80% do município foi atingido de forma severa.

O fenômeno foi associado a uma supercélula que gerou ventos sustentados, com rajadas acima de 250 km/h, o que o classifica em nível equivalente à escala F2/F3. O impacto também afetou infraestrutura crítica, com milhares de residências sem energia ou água, e rodovias bloqueadas por árvores e destroços.
Equipes de resgate, bombeiros e Defesa Civil estão mobilizadas em campo, realizando buscas, removendo escombros e prestando atendimento médico emergencial. Hospitais de campanha foram ativados para dar suporte às vítimas que aguardam transferência ou estão em estado grave.

Moradores se referem ao episódio como “o dia em que a cidade parou”. Muitos foram pegos de surpresa e perderam tudo em poucos minutos. A mobilização comunitária, o apoio mútuo e as redes de solidariedade tornaram-se essenciais para os primeiros socorros e acolhimento.

As autoridades orientam que as pessoas sigam em local seguro, evitem se aproximar de edifícios danificados, fios elétricos soltos ou árvores prestes a se romper. A reconstrução será longa, e os gestores públicos avaliam o montante de prejuízo e planos de ajuda emergencial.

Este caso sinaliza uma nova urgência para políticas de prevenção e adaptação climática. Quando um município pequeno é golpeado tão fortemente, os efeitos se reverberam na vida das pessoas — na memória, no trabalho, na escola e na comunidade. O foco agora passa a ser atender as vítimas e reconstruir — mas também aprender para reduzir riscos futuros.