
Tecnologia da UEPB oferece alerta visual instantâneo para quem consome destilados
Pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) estão desenvolvendo um método inovador: um canudo impregnado com substância química capaz de mudar de cor se entrar em contato com metanol. A proposta busca alertar o consumidor sobre a presença dessa substância tóxica em bebidas alcoólicas adulteradas.
Essa iniciativa surge num momento crítico: já são mais de 181 casos suspeitos de intoxicação em 14 estados do Brasil, com registros confirmados e mortes em investigação.
Além do canudo, a equipe conta com um segundo dispositivo: um sistema que emite luz infravermelha sobre a garrafa lacrada, gerando reações nas moléculas do líquido. Um software interpreta os dados e identifica adulterações, com precisão de até 97%, segundo os pesquisadores.
O procedimento é rápido, sem necessidade de reagentes químicos, e pode ser aplicado a diversos tipos de destilados — não só cachaça.
“Com isso, o usuário pode ter segurança ao consumir uma bebida, sabendo se há contaminação por metanol”, afirma a pró-reitora de pós-graduação da UEPB, Nadja Oliveira.
Com o avanço da pesquisa, a ideia é que, em breve, consumidores tenham esse dispositivo simples em bares, festas e até em garrafas domésticas, fortalecendo a proteção do público contra riscos químicos.