Freira Inah Canabarro Lucas, natural do Rio Grande do Sul, se destaca pela longevidade e legado de dedicação à vida religiosa e ao ensino
A freira brasileira Inah Canabarro Lucas, de 116 anos, foi reconhecida como a mulher mais velha do mundo após a morte da japonesa Tomiko Itooka, em dezembro de 2024. Nascida em 8 de junho de 1908, em São Francisco de Assis, no Rio Grande do Sul, Inah é bisneta de David Canabarro, líder da Revolução Farroupilha, e tornou-se um símbolo de longevidade e resiliência.
Sua jornada religiosa começou aos 16 anos no internato Santa Teresa de Jesus, em Santana do Livramento, onde estudou antes de se mudar para Montevidéu, no Uruguai. Lá, foi confirmada como membro da Igreja Católica em 1929, aos 21 anos. Retornando ao Brasil, em 1930, iniciou sua carreira como professora de português e matemática no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Em 1934, Inah fez seus votos perpétuos, tornando-se freira. Durante as décadas seguintes, dedicou-se ao ensino em Santana do Livramento e posteriormente assumiu cargos administrativos na Casa Provincial em Porto Alegre. Aposentou-se em 1995, mas manteve sua ligação com a comunidade religiosa.
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Apaixonada por futebol, Inah é torcedora do Internacional, clube fundado 10 meses após seu nascimento. Ela credita sua longevidade à fé em Deus e a uma vida equilibrada. “Ele é o segredo de tudo”, declarou em uma entrevista recente. Em 2018, ao completar 110 anos, recebeu uma bênção apostólica do Papa Francisco.
Hoje, a freira vive em uma casa de acolhida em Porto Alegre, onde celebra sua vida com lucidez e bom humor. Apesar de limitações físicas, Inah mantém a mente ativa e continua inspirando aqueles ao seu redor com sua história de dedicação, resiliência e amor ao próximo.