© Antônio Augusto/STF

Após sua última sessão plenária, ministro diz querer novos rumos e deixa o cargo prematuramente

O ministro Luís Roberto Barroso comunicou nesta quinta-feira (9) que deixará o cargo no Supremo Tribunal Federal. A sessão plenária foi seu último compromisso formal na Corte.

“Sinto que agora é hora de seguir novos rumos”, declarou Barroso, em tom sereno perante colegas. Apesar de poder permanecer até a aposentadoria obrigatória em 2033, ele optou por antecipar a saída.

Nas centenas de discursos de despedida, destacou gratidão à magistratura e disse não ter apego ao poder. Ele permanecerá na Corte por mais alguns dias para despachar processos pendentes sob sua relatoria.

Com sua saída, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá mais uma vaga para indicar no STF. A escolha acende debates sobre o futuro equilíbrio da Corte em temas sensíveis.

Barroso foi indicado para o STF em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff, ocupando a vaga deixada por Ayres Britto. Desde então, atuou em julgamentos como os sobre redes sociais, impeachments e disputas eleitorais.

O ministro é doutor em direito público e mestre pela Yale Law School. Antes da Corte, teve carreira ativa na advocacia e em causas polêmicas, como união homoafetiva, aborto de anencéfalos e liberdade acadêmica.

Enquanto deixa o STF, o país observa atentamente quem será o sucessor. No momento, projetos, divisões internas e inclinações políticas entram em jogo na sucessão de uma figura de peso no Judiciário.