Julia Kwapis, de 14 anos, é uma das vítimas do tornado que devastou Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná - Foto: Reprodução/Redes sociais

Fenômeno com ventos estimados em até 250 km/h arrasou Rio Bonito do Iguaçu; seis pessoas morreram e centenas ficaram feridas

A cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no Sudoeste do Paraná, viveu uma das maiores tragédias climáticas de sua história após a passagem de um tornado classificado como EF3, com ventos que alcançaram até 250 km/h, na tarde de sexta-feira (7). O fenômeno deixou seis mortos e mais de 750 feridos, segundo o governo estadual.

Entre as vítimas está Julia Kwapis, de 14 anos, que foi arrastada pelo tornado enquanto estava na casa de uma amiga. A jovem chegou a ser socorrida ao Hospital São José, em Laranjeiras do Sul, mas não resistiu aos ferimentos. Julia se preparava para receber o sacramento da Crisma no sábado e a família planejava uma pequena celebração.

De acordo com a Defesa Civil, cerca de 90% da cidade foi destruída. Casas e comércios foram totalmente destelhados, árvores e postes tombaram, e veículos foram arremessados pela força dos ventos. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram ruas cobertas por destroços e moradores tentando salvar o que restou.

A tragédia mobilizou Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Exército e equipes médicas, que montaram um hospital de campanha para atender os feridos. Só em Laranjeiras do Sul, 216 pessoas foram socorridas, 51 precisaram ser transferidas, e duas permanecem em UTI.

O governo estadual decretou situação de emergência, enquanto equipes da Sanepar, Copel e outros órgãos públicos atuam na reconstrução e no restabelecimento do abastecimento de água e energia. Rio Bonito do Iguaçu, com pouco mais de 14 mil habitantes, tenta se reerguer em meio a um cenário de devastação que, segundo meteorologistas, está entre os mais intensos já registrados no Paraná.