Jovem piloto de Balneário Camboriú acelera por 200 curvas em um dos eventos mais técnicos da América Latina
A piloto catarinense Maria Lara, de apenas 16 anos e natural de Balneário Camboriú, vai entrar para a história do automobilismo ao se tornar a primeira mulher a fazer drift na Serra do Rio do Rastro durante a 4ª edição do Friends International HillClimb. O evento — um dos mais desafiadores de subida de montanha da América Latina — será realizado entre os dias 21 e 23 de novembro e reúne pilotos de várias modalidades para acelerar por um percurso de 11,6 km, com altitude acumulada de 930 metros e mais de 200 curvas sinuosas.
A jovem começou sua trajetória de forma inusitada: ainda bebê, desfilava como modelo, e mais tarde conquistou os títulos de Miss Balneário Camboriú e Miss Santa Catarina Fotogenia, em 2019. A paixão pela velocidade surgiu após ela assistir ao filme “Velozes e Furiosos”: aos 14 anos, ganhou do pai um simulador para começar a treinar — o pontapé inicial para a carreira de piloto.
Seu primeiro instrutor foi o experiente Márcio Kabeça, piloto renomado no drift nacional, que a ajudou a dar os primeiros passos no controle real do carro. No fim de 2024, Maria já fazia drift de verdade, e hoje ela reconhece: “tive medo no começo, mas agora a adrenalina é parte de mim”.
Mesmo tão jovem, Maria disputa competições importantes, como Drift SC, Midnight (SP), Automec, Ultimate Drift e Drift Land. Agora, ela se prepara para o desafio das curvas fechadas da Serra do Rio do Rastro no comando de sua BMW E36, com apoio de sua equipe familiar — formada por pai Everton, mãe Mayara, mecânico Fred Simoni e o professor André Sepka —, além de patrocínio da QUALITPLACAS e parceria com a FS Motorsport.
Para Maria, a escalada pela Serra representa mais do que uma corrida: é a chance de provar sua habilidade em uma pista de subida travada e técnica, que exige controle e precisão ao volante. “Não conheço a Serra, não faço ideia exatamente como será, mas sei que vai ser incrível”, projeta com entusiasmo, mostrando maturidade além da idade.
A jovem piloto reforça que cada curva será uma chance de mostrar sua paixão e dedicação. Se vencer seus medos e navegar pelas 200 curvas da montanha, será mais do que uma vitória: será um símbolo de superação e inspiração para outras mulheres no esporte.
