Aeronave sem plano de voo foi interceptada no espaço aéreo brasileiro e piloto acabou preso no interior do Amazonas - Foto: FAB/Divulgação

Aeronave sem plano de voo ou matrícula ignorou comunicação; ação integra Programa de Fronteiras do governo

Nesta segunda-feira (22/09/2025), a Força Aérea Brasileira (FAB), em conjunto com a Polícia Federal, interceptou uma aeronave suspeita que havia entrado no espaço aéreo do Brasil vindo do Peru, sem autorização. O avião foi forçado a pousar a cerca de 30 km a oeste de Tefé (AM), em uma região remota, e o piloto foi detido.

A FAB identificou ausência de plano de voo, matrícula visível e comunicação com controle de tráfego aéreo. Diante disso, foi tratado como uma situação de voo suspeito. Para proceder à interceptação, foi mobilizado um caça A-29 Super Tucano, que seguiu procedimentos previstos: reconhecimento à distância, tentativas de contato visual e via rádio.

Como não houve resposta nem obediência às ordens, foi ordenada a mudança de rota (MRO), seguida por tiros de aviso (TAV). Ainda assim, a aeronave ignorou as instruções e foi classificada como hostil, autorizando o uso do Tiro de Detenção (TDE), conforme legislação vigente.

Sob pressão, o piloto acabou pousando em local desabitado, onde agentes da Polícia Federal chegaram via helicóptero modelo H-60 Black Hawk, prendendo-o. Até o momento, não foi divulgado se havia carga ilícita a bordo nem detalhes da identidade do piloto.

A ação faz parte de operações permanentes de segurança nas fronteiras, integradas ao Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF) e à Operação Ostium. Essas iniciativas visam coibir o uso não autorizado do espaço aéreo, especialmente em rotas vulneráveis ao tráfico de drogas.

Fontes da FAB afirmam que esse tipo de interceptação segue protocolos rigorosos, com ordem gradual de intervenção, priorizando avisos e uso mínimo de força até se configurar risco claro. A operação reforça a soberania nacional sobre o espaço aéreo e a importância do monitoramento contínuo para prevenir ilícitos.

Fonte: G1 Amazonas