Família vítima da tragédia em Joinville – Foto: Divulgação/Redes Sociais/G7SC

Mãe e filhos são mortos, sogra luta por vida; suspeito encontrado morto em possível surto

Na madrugada de quinta-feira (11), o bairro Saguaçu, em Joinville, foi palco de uma tragédia que deixou três mortos e uma sobrevivente. Dentro da própria casa, Ingrid Iolly Araujo Silva Berilo, de 40 anos, e seus filhos, de 15 e 11 anos, foram alvejados. A sogra, Rita de Cássia Pereira Araujo Silva, de 65 anos, também foi atingida, mas resiste internada em estado grave.

O principal suspeito é Ramzi Mohsen Hamdar, de 49 anos, marido de Ingrid. Ele foi encontrado morto na residência, possivelmente por suicídio, logo após o crime. O cenário sugere que o autor tenha agido em surto, mas as autoridades ainda aguardam laudos e depoimentos para esclarecer as motivações.

Vizinhos relataram ter sido despertados pelos estampidos do tiroteio. Muitos acompanharam, com choque, a movimentação policial e o drama familiar que se desenrolou antes de amanhecer. Entre pequenos grupos que acorreram à cena, havia quem chorava e questionava por que ninguém percebeu os sinais de alerta.

Ingrid e seus filhos não tinham antecedentes criminais; a sogra, Rita, é natural do Rio Grande do Norte. Ramzi, no entanto, acumulava registros por ameaças, invasão de propriedade, desobediência à Justiça, injúria, calúnia e difamação — situações que, para vizinhos, vinham de meses de tensão entre o casal.

Três semanas antes do episódio fatal, Ingrid publicou uma mensagem enigmática nas redes sociais, falando de amor intenso e conflito: “Sol e praia… frio e coberta… os opostos se atraem… uma explosão”. A frase, agora, ganhou novo significado para quem a leu.

A Polícia Científica recolheu vestígios de pólvora, projéteis e impressões digitais; Ramzi foi encontrado com ferimento compatível com uso de arma de fogo, mas ainda não se confirmou se foi suicídio ou ação externa.

Familiares esperam também pela perícia psicológica do suspeito. Autoridades prometeram rigor nas investigações, com respeito à dor dos sobreviventes e transparência nos passos das apurações.

Fonte: ND+