
Na Operação Rescaldo, policiais encontram notas “secando” em varal e estimam mais de R$ 10 milhões em bens de organização criminosa
Na madrugada de terça-feira, uma operação da Polícia Civil de Santa Catarina colocou sob mira uma organização criminosa suspeita de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Batizada como Operação Rescaldo, a ação cumpriu 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de São Lourenço do Oeste, Romelândia, Joinville e São Francisco do Sul.
Um dos cenários mais incomuns registrados foi a descoberta de cédulas de dez e vinte reais estendidas em um varal de chão — um símbolo literal da expressão “lavar dinheiro” –, além de dinheiro acondicionado em mala em um dos endereços. Aproximadamente R$ 400 mil em espécie foram apreendidos, bem como veículos e armas ilegais.
Segundo as investigações, o grupo movimentou bem mais do que a quantidade encontrada: as compras de bens móveis e imóveis podem ultrapassar a marca de R$ 10 milhões. Além de apreensões físicas, bloqueios de contas e medidas judiciais garantiram a responsabilização dos atores envolvidos.
A investigação abriu foco na maneira criativa e ousada da organização em tentar ocultar lucros obtidos por atividades ilícitas, como venda de drogas, e introduzi-los no circuito legal por meio de aquisições, impérios de automóveis e imóveis.
O resultado da operação envia uma mensagem ao crime: mesmo estratégias aparentemente inusitadas como “secar” notas no varal não escapam ao aparato policial e às tecnologias de investigação financeira. Agora, a justiça acompanhará a desmontagem da teia criminosa e a recuperação dos recursos desviados.
Cidadãos das cidades envolvidas acordaram com a sensação de que o aparato de repressão está atento, e que o combate à lavagem de dinheiro segue entre as prioridades da segurança pública estadual.









