Rosiane Maria Vieira lidera o projeto “Os pés que trilharam a rota da mandioca”, resgatando a arte da farinha de mandioca em encontro familiar no Engenho Vó Neu
Este encontro anual, realizado em maio, marca um resgate importante das tradições familiares e culinárias da região. Idealizado por Rosiane Maria Vieira, o projeto “Os pés que trilharam a rota da mandioca” tem como objetivo recriar a atmosfera das antigas farinhadas, onde gerações se reuniam para produzir esse alimento fundamental.
Rosiane, cuja família tem raízes profundas na comunidade de Bombinhas, busca não apenas preservar a memória desses momentos, mas também compartilhar esse legado com as gerações futuras. Para ela, a farinhada vai além da simples produção de alimento: é uma celebração da cultura, dos laços familiares e da identidade local.
Com a colaboração dos Mestres Engenheiros Neu e Elba Cruz, a farinhada no Engenho Vó Neu torna-se um evento único, onde a tradição se funde com a inovação. Sob a orientação desses mestres, familiares de Rosiane, incluindo a matriarca, tias e filhas, mergulham no processo de fabricação da farinha de mandioca, revivendo técnicas ancestrais e compartilhando histórias.
A limitação do espaço do engenho torna o evento exclusivo para convidados selecionados por Rosiane, mas a emoção e o significado por trás dessa reunião transcendem as fronteiras físicas. É uma jornada de redescoberta, uma oportunidade de reconectar-se com as raízes e fortalecer os laços comunitários.
Além da farinhada, o projeto inclui duas “aulas show” de cultura alimentar, onde Rosiane e o chef Willian Aimar do Couto Lopes preparam e ensinam receitas à base de mandioca, proporcionando uma experiência sensorial única. O resultado dessas experiências será compilado em um E-book com 10 receitas, disponibilizado gratuitamente para todos os interessados, preservando assim o conhecimento e a tradição para as futuras gerações.