Foto: Reprodução /Divulgação

Alerta para possíveis impactos e importância do acompanhamento diário das previsões

Na sexta-feira, 16, a Marinha do Brasil detectou a formação de uma depressão subtropical na costa do Rio de Janeiro. Espera-se que este sistema se intensifique, transformando-se em um ciclone subtropical à medida que avança para o sul. Caso isso se concretize, receberá o nome de Akará durante o final de semana, sendo o último registro similar em maio de 2022, batizado de Yakecan.

Possíveis Impactos:

Prevê-se que o ciclone se desloque em direção à costa catarinense entre domingo, 18, e segunda-feira, 19, embora seu centro permaneça distante, em alto mar. Os modelos meteorológicos indicam que há uma chance de aproximação do ciclone entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul no início da próxima semana. Por ora, espera-se principalmente ventos moderados nas áreas costeiras, especialmente entre a Grande Florianópolis e o Litoral Sul.

As consequências potenciais incluem destelhamentos, queda de árvores e galhos, além de possíveis danos à rede elétrica nessas regiões. Também são previstos impactos nas condições marítimas, com ondas entre 4,0 m e 5,0 m em alto mar e de até 2,5 m próximas ao Litoral Sul e Grande Florianópolis.

A Defesa Civil estadual está atenta ao sistema e ressalta a importância do acompanhamento das atualizações das previsões, avisos e alertas emitidos pela SDC, Epagri e órgãos oficiais de Meteorologia e Oceanografia.

Figura 1. Localização da depressão subtropical formada na costa do Rio de Janeiro

Características de um Ciclone Subtropical:

Enquanto os ciclones extratropicais são comuns no sul do Brasil, formando-se ao longo do ano, principalmente no inverno e associados a frentes frias e quentes, os ciclones subtropicais e tropicais são menos frequentes na região. Eles se originam de mecanismos diferentes, requerendo temperaturas da superfície do mar mais elevadas e geralmente ocorrem nos meses mais quentes.

Outra distinção importante é a estrutura: os ciclones extratropicais são assimétricos verticalmente, enquanto os subtropicais e tropicais são simétricos. A colaboração entre a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina e a Epagri/Ciram é fundamental na elaboração dessas notas meteorológicas.

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Figura 2. Formação de Ciclones Extratropicais, Subtropicais e Tropicais