Ex-presidente se defende de investigações e evita ataques diretos ao STF durante discurso
Na avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (25), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu apoiadores em um ato onde se defendeu das acusações de perseguição e negou qualquer planejamento de golpe durante seu mandato. Em um discurso que durou mais de 20 minutos, Bolsonaro não mencionou o Supremo Tribunal Federal (STF) ou o ministro Alexandre de Moraes, alvos frequentes de críticas por parte de seus seguidores.
Ele abordou diversas investigações em que é alvo, incluindo suspeitas de liderar um esquema de venda irregular de presentes recebidos pela Presidência da República de delegações estrangeiras.
A manifestação foi convocada após operações da Polícia Federal que miraram o ex-presidente e aliados, no contexto de um inquérito que investiga um suposto plano golpista para mantê-lo no poder após as eleições de 2022.
Bolsonaro destacou que durante seu mandato ouvia acusações de golpe, mas defendeu que nada do que é característico de um golpe, como intervenção militar ou conspirações, foi realizado durante seu governo.
Além disso, ele mencionou a descoberta pela Polícia Federal de uma minuta de estado de sítio na sede de seu partido em Brasília, mas refutou as acusações de golpe, destacando que tal medida não foi adotada durante seu mandato.
A manifestação contou com a presença de governadores e parlamentares de diferentes estados.